domingo, agosto 7

Era uma vez...

Era uma vez uma mulher. Humm... mulher é muito amplo. Vamos de novo. Era uma vez uma mãe. Hummm... muito dramático. Era uma vez eu, brasileira, professora, mãe. Tudo isso e muito mais.
Era uma vez uma mulher, brasileira, carioca, professora, estudante, esposa, mãe, pobre, que desistiu de ser magra e que decidiu ser feliz.

E assim começa minha nova história. "Um belo dia resolvi mudar". E acabei como uma pobre mulher rica. Rica em tempo, em alegrias com a família, em sonhos e planos. Uma mulher que decidiu fazer a roda rodar. Saiu do lugar. E hoje está aí, na luta... estudante. Funcionária pública num cargo que nunca imaginou, com uma missão que a Deus pertence porque só Ele sabe como eu vim parar aqui! Agente de apoio à Educação Especial. Quem diria!?

Agora, apaixonada por Educação decidi estudar Pedagogia. Aos 33 anos. Uma aventura EAD numa Universidade pública. Mais do que um curso, carrego com orgulho estampado no peito:. UERJ! Quem diria!?

E podia ter acabado, mas não acabou. Educação Especial. Como eu fui me apaixonar por você, menina? Agora curso Libras também, e vou caminhando... Em que direção? Pra frente sempre! Onde vou chegar? Só o futuro dirá!

Fui ali estudar mais um pouquinho. Volto daqui há 4 anos pra contar como foi.

E sobre ser magra... Bem... a Dukan durou 2 anos entre sacrifícios e resultados. Mas... aaaah! sempre tem um MAS... decidi parar de sofrer! Estacionei em um peso aceitável pro meu tamanho e minha idade e descobri que ser magra não é pra mim! kkkkkkk

(bjs pra mim)

domingo, abril 19

Um belo dia resolvi mudar...

Um dia vi no espelho uma imagem de mim que não me agradou. Aos 31 anos decidi mudar. Comecei a procurar incentivo de dentro pra fora pra sair do lugar, largar a preguiça e agir. Uma vizinha me apresentou a dieta Dukan. Incrível! Uma dieta que oferecia emagrecimento rápido. Um processo em 4 fases que prometia em menos de 1 ano me levar a uma vida saudável, um corpo esbelto e uma auto estima impressionante. Baseada num livro, a dieta possuía adeptos em todo o mundo. Aaaah! quem diria.

Comecei em nov-14. Em 4 meses alcancei o peso ideal. -12kg! Hoje, mais feliz do que nunca, tomei posse do meu corpitcho de 17 anos e, com minha magreza saudável, chego a última fase do processo. A partir de agora vou acabar com a preguiça e malhar pra valer. Visitei uma nutricionista, comprei roupas e tênis novos e me matricularei na próxima segunda. Por que sempre na segunda-feira neh?. Quero um corpitcho sarado. Não só magro, mas definido. Essa é a meta! Será que eu consigo?

Fui ali ser feliz. Espero em 6 meses voltar aqui e dizer que eu não desisti, que meu motor "força de vontade" dessa vez não falhou. E que enfim cheguei ao corpo sonhado... #rezemos

quinta-feira, outubro 9

O antigo é tão atual...

Texto escrito em Junho de 2012. E deixado em rascunho. Mas achei tão original e atual que decidi postar. Para o amor que eu gostaria que soubesse que eu tb gosto de ser lembrada.

Houve um tempo que essa era a época mais intensa para mim. Dia dos namorados chegando, hora de dedicar-se a pensar em um presente que fosse mais que presente, que fosse uma recordação. Algo que fosse especial como uma música e impessoal como uma poesia. Hoje isso não faz diferença. Não pela pessoa que tenho ao meu lado, mas pela maneira como ele vê as coisas. Ele é diferente de tudo e de todos, uma caixinha de surpresas indevassáveis. Nunca acerto em agradá-lo. Quer uma originalidade que eu não possuo. Uma sensualidade que nunca será minha. Uma disponibilidade que eu nem imagino. Sou essa que todo mundo conhece. Sorridente, intuitiva, prática, agradável, mas também estressada, intolerante, consumista e egoísta. Basta dizer que nos amamos, mas que antes disso nos toleramos como pessoas imperfeitas que somos. Nosso amor é realista demais. Eu adoraria um romance, não um conto de fadas, apenas um romance. Um olhar num dia, um abraço no outro. Um estar perto agora, um entrelaçar de dedos. Um recadinho no celular ou um telefonema só pra dizer que me quer mais tarde. Não falo de paixão, porque essa sei que muitas vezes resiste apenas ao primeiro ano. Falo de amor, de reciprocidade, de carinho e admiração, de querer estar junto. É isso! Não sou dada a certezas, muito pelo contrário. Vivo um mundo de surpresas diárias, inclusive com relação aos meus próprios sentimentos. Mas se tem uma coisa que eu tenho certeza na vida é de que eu o amo, embora ele repita muitas vezes que isso não basta. Embora ele as vezes me magoe. Embora ele ache que eu não estou "de verdade" na dele porque esperava mais. Embora ele ache que eu sou superficial demais. Embora eu saiba que sou imperfeita e que exatamente por isso sou perfeita! Perfeita para aqueles que decidem amar quem eu sou e não amar seus próprios sonhos de perfeição. O dia dos namorados está chegando e mais uma vez ele não vai lembrar, como também não lembrou no ano anterior. As vezes coisas importantes para mim passam despercebidas para ele e isso vai deixando pequenas cicatrizes por dentro. Eu nem deveria culpá-lo porque sei que escolhi ser prática, mas isso não me impede de sonhar as vezes, ou de simplesmente querer coisas. Se eu pudesse escolher um presente, hoje independente de quem eu sou, escolheria flores... ou na praticidade um celular, um tablet, um touchbook! Mas ele se quer se lembrará de me desejar bom dia...

Como provar que você é você? Deixando de ser o Você que fizeram você acreditar ser.

2012 terminou terrível. De acordo com os maias seria o ano do fim do mundo, e pode-se dizer que sim. Segredos desagradáveis abalam qualquer relacionamento. E durante 3 meses o fim parecia inevitável. Sinceramente, nem sei por que não terminou. Já não me lembro mais. Não sei se eu prometi coisas, ou me iludi com promessas. O que eu me lembro é que numa quarta-feira de cinzas ele me pediu em casamento. Nada romântico não?! Usei a data simbolicamente para enterrar as mentiras e renascer das cinzas. Ânimo novo. Problemas velhos. Poeira e mofo. Lavemos a alma.

12 de Julho de 2013.
Foram 5 meses de preparativos. Uma noite de festa. Amigos reunidos. Promessas e mais promessas. Sorrisos e mais sorrisos. Eu estava feliz. De verdade.
Foram 4 dias num paraíso. Porto de Galinhas. Tudo lindo. Fotos, postais, monumentos. Nunca fomos românticos. Temos nossos limites. Sempre falamos verdades demais. E diminuímos o ritmo para manter a educação.

Hoje, 15 meses depois, posso garantir que casar com a ilusão de um futuro "felizes para sempre" foi a melhor das ironias do destino. Os problemas são os mesmos. A felicidade nem tanto. Convivemos. Aturamos um ao outro por comodidade, costume ou respeito. E acho que estamos perdendo tempo. Passei por muita coisa na vida... e hoje querer a liberdade é uma saída, uma fuga, uma viela em meio a um caminho longo, obscuro, tortuoso. Podia ter sido diferente. Podia ter sido ótimo. Mas não foi. Foi bom. E bom não é o suficiente.

quarta-feira, dezembro 5

PONTO FINAL

(04/12/12)

Queres que eu entenda a poesia da vida: este ir e vir inconsequente.
Queres que eu compreenda o amargo da inexistência.
Queres que eu saiba que nada é pra sempre.
Mas que a dor parece ser.

A dor tem garras, unhas e dentes.
Tem força de corrente.
Tem alma de rebeldia.
Tem gosto de sangue quente.
Tens sede de crueldade.
Quantas verdades em um minuto.

Quando nosso mundo acabou, eu morri.
Morri para o futuro
Nasci para a nostalgia
Onde largamos nossa alegria?
Onde, a magia da poesia?

segunda-feira, dezembro 3

Metas

Chega Dezembro e as metas para o próximo ano já começam a pipocar. 

Eu me lembro que no fim do ano passado eu prometi três coisas para mim mesma: emagrecer 10kg, ler pelo menos 2 livros por mês e diminuir minhas contas. Bem... o ano já está acabando e a primeira meta foi cumprida pela metade. Emagreci 6kg apenas. Mas a segunda meta ultrapassei milhas e milhas rindo à toa! Então estou numa média b
oa, até porque nem me sinto tão gorda assim! Mas pensando na terceira meta... bem... essa realmente não foi cumprida. Embora eu esteja enrolada como sempre, percebo que estou um pouco menos do que nos anos anteriores, mas ainda estou longe de estar tranquila, então... fiquei devendo! Ou seja, numa escala de 0 a 10, fiquei no 6 e olhe lá! rsrs

Para o próximo ano eu me desejo SAÚDE. Sim... porque este ano foi um ano de muitas idas ao hospital. O estômago, os rins, as dores de cabeça, o estresse, quero que tudo se estabilize de maneira a não me causar dor.
Segunda meta: quero voltar a estudar. Ainda não sei o que. Mas provavelmente alguma coisa que me tire do lugar. Estar nessa minha zona de conforto há tanto tempo torna as coisas um pouco mais difíceis, mas custa bem pouco tentar.
Terceira e última: SER. Fazer as coisas fluírem, abrir espaço nos armários, diminuir a quantidade de papéis que atravancam as gavetas, guardar menos coisas, doar mais. Não só roupas e sapatos, mas a mim mesma. Que tal um trabalho voluntário? Vou pensar nisso... O voluntariado, dizem, nos faz crescer como pessoas. Talvez seja disso que eu preciso para me tornar uma pessoa mais calma. Ver como as pessoas vivem lá fora. Sair desse mundinho do seremos felizes para sempre e cair na realidade do vamos lutar juntos para sermos felizes hoje, porque o amanhã pode realmente não chegar... Fiquei me perguntando: se eu morresse hoje, que histórias as pessoas contariam de mim? Será que alguém lembraria que eu existi depois de 1 ano da minha morte? Não sei não. Acho que me doei muito pouco até aqui. E o que as pessoas lembram de nós depois da morte não é o que tivemos nessa vida, mas o que fomos. Eu quero SER mais. Essa é a meta.

Então vejamos:
* Saúde
* Conhecer
* Ser

sexta-feira, novembro 30

LER DEVIA SER PROIBIDO


"Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Dom Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável.Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verosimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incómodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metros, ou no silêncio da alcova… Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.
Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos. Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores e alegrias, tantos outros sentimentos… A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna colectivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida".
“Ler pode tornar o homem perigosamente humano.”
(Fonte: GRAMMON, Guiomar de. In: PRADO, J. & CONDINI, P. (orgs.). A formação do leitor: pontos de vista. Rio de Janeiro: Argus, 1999. pp. 71-3)

quinta-feira, novembro 29

Leituras

Faz um tempinho que não passo por aqui. E nesse tempinho muitas leituras foram terminadas. Duas abandonadas (uma delas por enquanto) e outras mais iniciadas. Por partes:

*Confie em mim

O livro conta a história de pais que fazem de tudo para proteger suas famílias. É uma história leve, um romance com um toque de modernidade e com um final bem interessante. Um garoto se envolve na morte de  seu amigo, seus pais descobrem o envolvimento do menino através do monitoramento das mensagens instantâneas do menino na internet e passam a fazer de tudo para ajudá-lo e tirá-lo desta confusão. Além desta, que é a história principal, outras histórias menores e tão intrigantes qnt o envolvimento do menino acontecem em volta desta família. Gostei bastante e recomendo :)



*A menina que não sabia ler

Uma loucura esta leitura. Uma menina em mil novecentos e antigamente e seu irmão, órfãos, estão aos cuidados de uma governanta gorda e boa, uma cozinheira e um jardineiro, e possuem uma professora que mora na casa deles. Uma casa com uma biblioteca proibida. Uma menina que só pode aprender, de acordo com as ordens de seu tio-tutor viajante, coisas de mulher, nada de leitura. Ela descobre a biblioteca e sozinha aprende a ler e se perde no mundo das leituras. Até aí, tudo bem. Lá pela página 60 o livro começa a ficar meio sem pé nem cabeça. A menina se vê absorta numa trama maligna, um filme de terror de segunda categoria e de um final nada-a-ver que deixa o leitor estupefato. Não sei se era tudo imaginação da menina, não sei porque o tio-tutor se mantinha tão longe das crianças, subentendi que a proibição da biblioteca tenha a ver apenas com o ano  em que se passa a trama e subitamente surtei com o fim dado aos personagens e a história! kkkk


Fico devendo Cinquenta Tons de Cinza, Cinquenta Tons mais escuros, Os homens que não amavam as mulheres, A menina que brincava com fogo, Luxúria, O colecionador de lágrimas, O livro do Amor I, Poliana e um do Nicholas Sparks que agora esqueci o nome...





domingo, outubro 28

Compromisso

O segredo é organizar. Livrar-se daquilo que não te serve e organizar o que sobrou. Depois de organizado esperar 3 meses e aquilo que não foi usado também deve ser doado. Depois de 3 meses novamente. E depois de mais 3 meses outras doações. No fim de um ano vc vai ter em casa aquilo que realmente precisa e terá espaço pra SER. Vou deixar a regra para seguir no próximo ano. O que fazer com os livros que eu amo? Meu Deus, e aquele vestido guardado para uma festança que nunca aparece e que qnd aparecer vai fazer com ele seja velho demais para ser usado? Prometo tentar. COMPROMISSO 2013.

quinta-feira, outubro 4

Fica a dica

A conquista as vezes é um processo tão simples que as pessoas acabam por fingir nem perceberem que já estão no jogo. Enganam-se aqueles que esperam que todos os outros sejam idiotas... enganam-se aqueles que acham que a vida gira em torno de seu próprio umbigo, e ainda aqueles que entendem-se como donos do mundo. Eu sou uma poeira cósmica, mas vejo, vejo tudo. Vejo a movimentação que quer dizer muito. Vejo a falta de movimentação que quer dizer mais ainda. Entendo as palavras que não foram ditas. E  enlouqueço quando me entendem como uma idiota cega, quando subestimam minha inteligência e minha visão de mundo. Eu não preciso dessa merda. Não preciso da pena, não preciso da consideração infeliz da ideia do seremos felizes para sempre. Eu sou livre. Um espírito transitante amando acompanhada. O para sempre simplesmente não existe. Não me venham com esses conceitos de eternidade, porque somos feitos em torno dos conceitos de transcendência e transcender é mudar, e a mudança é sempre bem vinda. Pode-se mudar junto, mudar sozinho, evoluir e ter que voltar para buscar o outro. E em todos os sentidos, tudo isso é interessante. São visões múltiplas de um mesmo semblante. São caminhos possíveis de convivência, de crescimento, de evolução. Mas não me veja como cega. Eu vejo e entendo muito as possibilidades. Entendo a psicomania de controle, de conquista. Uma mania psicológica... se é necessária, se não é, não vem ao caso. O que quero que entendam é que eu conheço os limites e consigo ver a linha tênue que limita dois mundos. E não precisava ver. Essa merda toda embaixo do tapete um dia começa a simplesmente aparecer... e isso não é tão bom na vida real.

sexta-feira, setembro 28

Leituras...

Eu devorando "Cinquenta tons mais escuros" e "Os homens que não amavam as mulheres"... Completamente diferentes entre si, o que faz cm que eu não consiga parar de ler nenhum dos dois... E agora com uma lista de espera beeeem grande sob a mesa da sala: "O colecionador de lágrimas", "Confie em mim", Luxúria","O livro do Amor Vol.I e II", "Resistência" (o livro que, coincidentemente, o Tufão estava lendo na semana passada), "A menina que não sabia ler" e "Meu vizinho é um psicopata"... Wow... Pena eu não ter conseguido comprar "O mundo de Sofia" para uma segunda leitura... Estou ansiosa por cada um deles... e feliz porque o fim de semana chegou ;) 

sexta-feira, setembro 21

Muito de Deus e nada de Religião

Da série Trechos que amei...

"Crer ou não nas palavras de Cristo é uma questão pessoal, íntima, pois seus pensamentos fogem à investigação científica, extrapolam a esfera dos fenômenos observáveis.
 As ideias e as intenções de Cristo, ao mesmo tempo que representam uma belíssima poesia que qualquer ser humano gostaria de recitar, abalam a maneira como compreendemos a vida. Ele não apenas chocou profundamente a cultura de sua época como, se tivesse vivido nos dias de hoje, também pertubaria a ciência e a cultura modernas." (O mestre dos mestres, Augusto Cury)

O que é felicidade

O que é felicidade?

É olhar nos olhos da verdade e não ver vaidade
é se ver no espelho e não ter medo
é olhar o próximo sem descaso
é manter-se alerta, sem segredos


É sentir alegria por compartilhar um alimento
é ter vida e melodia pra cantar com ela,
aquela que mudou sua vida num piscar de olhos
é ver seu filho alérgico comer brigadeiro sem ter reações


É ter luz, ter calma, ter paz
é ter anjos, ter Deus, esperanças e mais
é ter saúde, ter pais, ter crianças
é olhar a praça num fim de tarde
arvoredos e sol que arde
melodias pro fim do medo

é ter amigos, professores, lições
girar o corpo, esticar os olhos, sorrir
é dançar o som íntimo das cores
é viver mil amores e ainda assim dormir

é sonhar com o manjar dos deuses
é ser antigo, é ser novo, ser metamorfose
todo dia outro
nunca uma lágrima que corre
sulcos de pele abaixo
mas almas que sentem a dentro

é não ver o fim na morte
é sonhar com o jardim do Éden
é seguir caminhos e abrir portas em meio ao nada
é ser melodia, ser canção, ser cantada
é ser mais que ter
e ser mais que palavras.

sexta-feira, setembro 14

Você sabe nadar?

"Nossos planos foram por água abaixo
No fim seremos uma represa
e todo amor do mundo juntos num único lugar
Você sabe nadar?"

Ideia inicial de Trechos Que Amei

Decidi compartilhar aqui alguns trechos lidos e que eu não gostaria de esquecer. Nem sei se posso fazer isso por razão dos direitos autorais, mas como escrevo pra mim mesma, ninguém passa aqui pra ler e acho que literatura acaba montando sua própria maneira de ver, vou levar adiante essa pontinha de prazer. Certamente, a bibliografia nada-nada universitária será divulgada. Garanto pelo menos o nome do autor e do livro. 

Apego-me facilmente a ideias. E geralmente desfaço-me delas com a mesma rapidez. Neste momento tenho lido um pouco de tudo, e embora este trecho seja de um livro que ainda não li, gostei tanto e sonhei tanto que já comecei a desconstruir minha ideia antes mesmo de construí-la. O que isso significa? Também não sei. Comecei pelo meio. E talvez isso nem seja tão ruim. De princípio pensei em livros que já li. Mas acabei por me deparar com este trecho, provavelmente uma das minhas próximas leituras, na certeza de que me interessei principalmente pela capa. Aliás, sou disso. Gosto de comprar livros pela internet porque geralmente são mais baratos. Mas isto tolhe um pouco a minha mania de sentir o livro. De pegá-lo, de vê-lo, de folheá-lo e de muitas vezes escolhê-lo por suas características físicas. 

Comecei por exemplo a observar em andanças por  livrarias, que existe um padrão de ilustração para cada autor. Pegue a capa dos livros de Jostein Gaarder, o autor de "O mundo de Sofia". É quase impossível descrever, mas é uma mistura de lembranças, quadros, desenhos e sonhos infantis. Já os de Emily Giffin, utilizam sempre a mesma fonte nos títulos, eu os reconheceria de longe. Acho tudo isso bem clichê. Livros novos com ideias velhas. Por que não renovar também a capa, a maneira como se escreve, os tipos de personagens? Autores renomados geralmente possuem personagens típicos, repetidos, quase gêmeos em suas obras. Nicholas Sparks chega a beirar o absurdo! Não que suas histórias sejam ruins... nada disso! Mas muitos dos seus personagens possuem um mesmo padrão, características sensoriais e emocionais muito parecidas. Embora o que o faça ser realmente sucesso é a sua mania de descrever o amor sob a ótica da tragédia. Há sempre milagres, depressão amorosa e a magia do "felizes para sempre", que embora muito usual e repetida, acaba sendo uma fórmula de sucesso.

A expectativa é de que eu volte aqui algumas vezes com trechos que eu tenha gostado dos livros que andei lendo, que não são poucos. Quem pega meus livros emprestados se depara com a visão dos caos, porque em minhas mãos viram um risca-rabisca. Nos arredores da leitura ficam registradas algumas das minhas impressões. São frases, trechos de músicas que estou ouvindo enquanto leio - mania desde sempre -, além da tradição de marcar textos, as vezes parágrafos inteiros. Então talvez eu abandone já já essa ideia. Mas enquanto isso...

"Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita algumas moedas ou um elogio em troca de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente o doce veneno da vaidade no sangue e começa a acreditar que, se conseguir disfarçar sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de garantir um teto sobre sua cabeça, um prato quente no final do dia e aquilo que mais deseja: seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente vai viver mais do que ele. Um escritor está condenado a recordar esse momento porque, a partir daí, ele está perdido e sua alma já tem um preço." (Trecho do livro O jogo do Anjo, de Carlos Ruiz Zafón)