sexta-feira, novembro 18

Minha comodidade se chama viver...

Começo bem o dia, sem qualquer pretensão de que seja anormal, embora eu tenha acordado às 7h da manhã sem qualquer vestígio de sono. Muitas festas para o fim de semana e nenhuma disposição para ser social. Faz tempo que perdi o entusiasmo. Permaneço em meu mundinho de leituras, filhos, marido, casa e afins, bem despretensiosa e isso irrita quem está ao meu redor. Não consigo entender o porquê.

Meu marido diz que se eu não pretendo nada, se não tenho sonhos, se não busco, já posso morrer! E talvez até pudesse mesmo, não fossem as crianças. O que parece macabro para alguns. Mas o que pretendo? Viver, eu diria. Viver me basta. Compro aquilo que quero, como aquilo que quero, me divirto dentro do possível, não tanto quanto gostaria, mas tb não tão abaixo da média assim. Minhas filhas estão saudáveis, são crianças prontas para o mundo, independentes, inteligentes e lógicas. Se possuem sonhos, não sei, são pequenas demais ainda, mas certamente terão seus sonhos... e talvez como eu escolham viver a comodidade de apenas viver... quem sabe...

As pessoas estão sempre insatisfeitas com o que tem. Se tem carro, querem um mais novo, mais potente, mais CARRO. Se tem casa, querem uma maior, com mais cômodos, com mais espaço, e muitas das vezes querem outra casa na praia. E depois disso querem mais tempo,para curtir seu novo bem e mais dinheiro para bancar o item, o que acarreta ter que trabalhar mais e tb ter menos tempo... e lá estão elas insatisfeitas de novo. -aaaah! se eu não trabalhasse tanto. -aaahhh! se eu tivesse mais tempo. -aaaah! preciso de mais dinheiro... e vira um círculo vicioso.

Eu estou satisfeita com o que tenho. Não reclamo de só ter os domingos e nem espero que as pessoas se penalizem porque trabalho nos feriados. O meu grande problema é que escolher para si uma pessoa que possui mais tempo que vc causa grandes danos ao equilíbrio da família, e lá vem as acusações, e as afirmações de que já posso morrer por não querer nada além de viver... Contraditório, não?!

A questão hj é: até que ponto isso balança o nós? Eu sou do tipo que amo a família, mas amo ainda mais ser feliz... e isso já diz tudo.