domingo, outubro 30

Como tudo começou

"Vivo uma paixão de enlouquecer
A força do meu pensamento
Aumenta mais o meu querer
Que se encantou com seu olhar
Por isso que me apaixonei"

Como tudo começou? Com um olhar avassalador! Claro que eu tentei de toda maneira simplesmente não olhar, mas era tão inacreditável, eu estava apaixonada sem nem saber quem vc era! Sua amada não gostou, observou, reclamou, mas impossível resistir... 3 dias depois lá estávamos nós, pelo telefone, declaradamente envolvidos. E permanecemos! Cada dia mais olhares, mais envolvimento, mais amantes, mais comparsas, mais enlouquecidamente apaixonados! E cá estamos nós: casados! Quem diria que aquela noite eu estava encontrando o olhar para o qual eu viveria pelos próximos anos, aquele mesmo olhar que me convence, que me entende, que me fala mais que mil palavras... simples assim... somos sorrisos e olhares!



domingo, outubro 23

O dia do amor

"Cansei de ser sozinho
vou ali amar um pouquinho
volto já"

Deveria ser fácil assim... deveríamos todos já nascer com o mapa da mina, como nos filmes de pirata, com um X bem grande marcado no exato local onde estará o nosso amor eterno. Ou poderia apenas ter uma maneira de encontrá-lo através de um GPS, uma rede social, um apelo nacional... sei lá... alguma maneira implacável de emplacar um Gol daqueeeeles! Mas não. Sinto muitíssimo, mas esta não é a regra. Primeiro você quebra a cara e depois quem sabe, como alusão à cultura internacional, quebre a perna - o que para eles é bom! Mas isto demanda tempo... e tempo é uma coisa que ninguém tem. Então muitos permanecem por aí, batendo de porta em porta procurando abrigo seguro, não eterno, mas consistente ao ponto de ser duradouro... e duradouro ao ponto de passar de uma noite de balada.

Bom... o amor nasce, antes de tudo, vazio. Independente de vc ser sozinho ou não, se olhar bem lá no fundinho, haverá uma esperança de amor, e pior, "há de haver compaixão", como na música de Gil... Vc não abre seu coração porque quer. Não sai por aí pronto a decidir-se apaixonado. Não é assim. Primeiro vc quebra a cara! E neste caso, eu quebrei a cara de verdade duas vezes. Ah! Até que foi pouco! Tem gente com cicatrizes imensas por aí... e as minhas, se fosse possível vê-las, seriam dois risquinhos no canto do rosto, porque eu já sabia que quebraria a cara e me protegi o máximo que pude. Protegi-me tanto que fiquei anos parada num momento lusco-fusco com sabor e cor de nada. Nada! Essa é a grande MERDA! Você passa a não saber de onde veio ou pra onde vai. Você simplesmente existe e isso não é bom.

Até o dia em que a magia acontece. O brilho é ofuscante. O olhar é simplesmente o único que vc consegue enxergar. E nesse dia, meu bem... é o dia! O dia em que tudo vai parecer mais lindo. Todo passarinho vai parecer azul. E toda mágica vai parecer possível. Sim! O amor chegou...

A loucura da leitura

Esta é a postagem de número 100. Deveria ter algo de especial nisso, mas não, não há. Não tenho escrito nada de muito brilhante. Penso em muitas coisas, mas nunca chego a tempo de colocá-las na tela... enquanto estou a caminho do pc as palavras vão se perdendo, ficando pelo caminho. Adoraria ter chegado a tempo quando pensei escrever algo sobre amores antigos, sobre lembranças antigas, mas tarde demais... sempre tarde demais!

Recomecei minhas amargas leituras, romances infindáveis de dar água na boca e saudade no coração. Porque o que vivo hoje é real demais para se comparar com os romances vitorianos que ando lendo. E isso vai me dando uma infinita dor de cotovelo! Poesia espalhada em cada página, em cada ato e tão longe de mim. Claro, claro, casamento algum vai se sair tão bem quanto o meu, por termos encontrado um ponto de equilíbrio, uma área  que ambos sabemos ser restrita à palavras. Mas ainda assim nada é perfeito, embora maravilhoso!

Li "Tudo aquilo que nunca foi dito" de Marc Levy, "A vida em tons de cinza" de Ruta Sepetys, "O céu está em todo lugar" de Jandy Nelson e estou lendo "Questões do coração" de Emily Giffin. Todas histórias brilhantes. No romance de Marc Levy o autor cria uma possibilidade de que uma pessoa já morta possa voltar e dizer a sua filha tudo aquilo que deveria ter dito durante a vida e não conseguiu. O enredo é mágico. Como história infantil, mas a ideia é realmente comovente. Já a história de Ruta é baseada em fatos reais. Fala sobre como lituânios sobreviveram a base de maus tratos durante a invasão de seu país pela antiga União Soviética. É uma história dolorida, de fazer chorar em muitos momentos e com um desfecho interessante. A história de Jandy Nelson é um romance adolescente, feita para encantar a idade. É a que particularmente mais gostei. Brinca com o ambiente escolar, a disputa de duas garotas por um mesmo cara, o romantismo hilariante da protagonista à base de muitos sonhos de música e poesia. Este eu li em tempo recorde! Em compensação estou parada a 4 dias no gigantesco de Emily Giffin. A história até parece ser interessante, mas pelo fato de basear-se na vida de duas mães distintas me deixou meio embrulhada! São tão superficiais. De repente nos próximos capítulos o romance pegue um ritmo melhor, mas por enquanto não me pegou ainda!

A questão é: o fato de eu ler demais sobre coisas as quais não vivo, mexe comigo. Fico depressiva, emotiva, amante insuportável! Ainda bem que este último é mais trágico... senão tadinho do meu marido :)




domingo, outubro 2

Corações Partidos

Todos os domingos iguais... todas as esperas e opiniões sobre o muro das lamentações.
Acordei como se o dia fosse outro. Não há motivos para comemorações. O amor chegou e espalhou migalhas de histórias antigas por todas as partes. Verão minhas imagens de desespero e tristeza misturadas com o sagrado do sorrir. Não adianta insistir... quando a vida encontra caminhos controversos não há bem o que fazer... agora é viver!
Eu poderia contar a história. Fazer chorar quem acha que entende o porquê de eu ser quem sou. Não choro pelos cantos, não derramo prantos, sorrio falsamente as dores dos mortais. Não espero as crises, não entendo o tempo, não vivo ontem, sou poesia. Acordo outra todos os dias e poderia morrer de alegria ao ouvir sua voz. Mas nada disso faz sentido. Todas as dores embolam no umbigo, centro de nada mais... Coração partido.  Mentiras. E paz.