domingo, outubro 23

A loucura da leitura

Esta é a postagem de número 100. Deveria ter algo de especial nisso, mas não, não há. Não tenho escrito nada de muito brilhante. Penso em muitas coisas, mas nunca chego a tempo de colocá-las na tela... enquanto estou a caminho do pc as palavras vão se perdendo, ficando pelo caminho. Adoraria ter chegado a tempo quando pensei escrever algo sobre amores antigos, sobre lembranças antigas, mas tarde demais... sempre tarde demais!

Recomecei minhas amargas leituras, romances infindáveis de dar água na boca e saudade no coração. Porque o que vivo hoje é real demais para se comparar com os romances vitorianos que ando lendo. E isso vai me dando uma infinita dor de cotovelo! Poesia espalhada em cada página, em cada ato e tão longe de mim. Claro, claro, casamento algum vai se sair tão bem quanto o meu, por termos encontrado um ponto de equilíbrio, uma área  que ambos sabemos ser restrita à palavras. Mas ainda assim nada é perfeito, embora maravilhoso!

Li "Tudo aquilo que nunca foi dito" de Marc Levy, "A vida em tons de cinza" de Ruta Sepetys, "O céu está em todo lugar" de Jandy Nelson e estou lendo "Questões do coração" de Emily Giffin. Todas histórias brilhantes. No romance de Marc Levy o autor cria uma possibilidade de que uma pessoa já morta possa voltar e dizer a sua filha tudo aquilo que deveria ter dito durante a vida e não conseguiu. O enredo é mágico. Como história infantil, mas a ideia é realmente comovente. Já a história de Ruta é baseada em fatos reais. Fala sobre como lituânios sobreviveram a base de maus tratos durante a invasão de seu país pela antiga União Soviética. É uma história dolorida, de fazer chorar em muitos momentos e com um desfecho interessante. A história de Jandy Nelson é um romance adolescente, feita para encantar a idade. É a que particularmente mais gostei. Brinca com o ambiente escolar, a disputa de duas garotas por um mesmo cara, o romantismo hilariante da protagonista à base de muitos sonhos de música e poesia. Este eu li em tempo recorde! Em compensação estou parada a 4 dias no gigantesco de Emily Giffin. A história até parece ser interessante, mas pelo fato de basear-se na vida de duas mães distintas me deixou meio embrulhada! São tão superficiais. De repente nos próximos capítulos o romance pegue um ritmo melhor, mas por enquanto não me pegou ainda!

A questão é: o fato de eu ler demais sobre coisas as quais não vivo, mexe comigo. Fico depressiva, emotiva, amante insuportável! Ainda bem que este último é mais trágico... senão tadinho do meu marido :)




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