quinta-feira, outubro 4

Fica a dica

A conquista as vezes é um processo tão simples que as pessoas acabam por fingir nem perceberem que já estão no jogo. Enganam-se aqueles que esperam que todos os outros sejam idiotas... enganam-se aqueles que acham que a vida gira em torno de seu próprio umbigo, e ainda aqueles que entendem-se como donos do mundo. Eu sou uma poeira cósmica, mas vejo, vejo tudo. Vejo a movimentação que quer dizer muito. Vejo a falta de movimentação que quer dizer mais ainda. Entendo as palavras que não foram ditas. E  enlouqueço quando me entendem como uma idiota cega, quando subestimam minha inteligência e minha visão de mundo. Eu não preciso dessa merda. Não preciso da pena, não preciso da consideração infeliz da ideia do seremos felizes para sempre. Eu sou livre. Um espírito transitante amando acompanhada. O para sempre simplesmente não existe. Não me venham com esses conceitos de eternidade, porque somos feitos em torno dos conceitos de transcendência e transcender é mudar, e a mudança é sempre bem vinda. Pode-se mudar junto, mudar sozinho, evoluir e ter que voltar para buscar o outro. E em todos os sentidos, tudo isso é interessante. São visões múltiplas de um mesmo semblante. São caminhos possíveis de convivência, de crescimento, de evolução. Mas não me veja como cega. Eu vejo e entendo muito as possibilidades. Entendo a psicomania de controle, de conquista. Uma mania psicológica... se é necessária, se não é, não vem ao caso. O que quero que entendam é que eu conheço os limites e consigo ver a linha tênue que limita dois mundos. E não precisava ver. Essa merda toda embaixo do tapete um dia começa a simplesmente aparecer... e isso não é tão bom na vida real.

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